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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014


não quero morrer às vezes.
quero morrer em bloco
mas também
não quero que seja entre
o espaço e o tempo
porque entre o espaço
e o tempo
não há um para sempre,
nem nunca houve.

Sylvia Beirute
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terça-feira, 4 de novembro de 2014


{o teu reconhecimento é a tua dependência},
não o deixes passar da fase da costura.
surge. insurge. inespera.
adquire expressões através do
eco difuso dos vegetais, coloca-te
nas ranhuras da madeira.
há uma vida imprópria algures.
pode não ser como aquela que espera
na plumagem de uma memória
por antecipação, mas protege o silêncio
e não deixa coagular o sangue.
{o teu reconhecimento é a tua dependência},
e quanto mais o memorizares
mais afastado estarás
dos lados obtusos de quem te deseja habitar
e da semêntica temporal
das pessoas que te pedirão um
poema bonito,
e nada pior do que escrever
um poema bonito.

Sylvia Beirute
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terça-feira, 23 de setembro de 2014


és um bocado do que te refizeste. coberto de deslumbres. com um grande deus que te sai pelas orelhas. não há medidas. há preenchimentos. preenchimentos e vazios. e vazios.

Sylvia Beirute
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