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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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quinta-feira, 30 de junho de 2016



Ânsia de amar! Oh ânsia de viver!
um’hora só que seja, mas vivida
e satisfeita… e pode-se morrer,
– porque se morre abençoando a vida!

Mas ess’hora suprema em que se vive
quanto possa sonhar-se de ventura,
oh vida mentirosa, oh vida impura,
esperei-a, esperei-a, e nunca a tive!

E quantos como eu a desejaram!
e quantos como eu nunca a tiveram
uma hora de amor como a sonharam!

Em quantos olhos tristes tenho eu lido
o desespero dos que não viveram
esse sonho de amor incompreendido!


Manuel Laranjeira
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sábado, 16 de abril de 2016



Ninguém por certo adivinha
como essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha...
Minha sempre! - E em voz baixinha:
- «Tua ainda além da vida!...»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.
Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco...
E o grande amor, afinal,
(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
- como uma tarde de Setembro...


Manuel Laranjeira
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