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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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terça-feira, 17 de maio de 2016



Há um véu no meu olhar
Que a brilhar dá que pensar
Nos mistérios da beleza
Espelho meu que aconteceu
Do que é teu e do que é meu
Já não temos a certeza

A moldura deste espelho
Espelho feito de oiro velho
Tem os traços de uma flor
Muitas vezes foi partido
Prometido e proibido
Aos encantos do amor

Espelho meu diz a verdade
Da idade da saudade
À mulher envelhecida
Segue em frente na memória
Mata a glória dessa história
Da princesa prometida

Aldina Duarte
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segunda-feira, 9 de maio de 2016



A saudade anda descalça
Pra não se fazer ouvir;
Atravessa o quarto escuro
Beija-me o rosto inseguro
Quando me apanha a dormir

Tem o dom de me levar
Onde lembra o coração
Dá todo o tempo que tem
É mais do que minha mãe
Mãe da minha condição

A saudade anda descalça
E é descalça que me quer
Faz brilhar o que entristece
E o que morreu, permanece
A saudade é uma mulher


Aldina Duarte
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