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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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sábado, 2 de janeiro de 2016



peço-te: “leva-me pela mão
numa viagem ao epicentro da luz”

o peso do meu corpo sobre o solo
revela pedras de marfim
sob a poeira dos séculos

percorro as margens
eternamente frágeis
de uma cicatriz entreaberta

consumindo-me no fogo que
aflora a epiderme fria.


Rui Amaral Mendes
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015



na vastidão infinita do silêncio
sinto o toque indelével do choro da noite
nas cercanias de um epicentro em ferida.

flutuo no crepúsculo
no etéreo firmamento que me abraça
e mergulho novamente no vazio.

movo-me nas periferias do fim duma vida
no fundo dissimulado de um espelho
onde habita o meu reflexo.

Rui Amaral Mendes
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