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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


Parte comigo, Para uma praça vazia
Que acorda antes da cidade,
Onde as estrelas
Se entrelaçam nos nossos dedos.
Parte comigo,
Sentir o sol beijar-nos a pele,
Sentir que o nosso tempo
Existe para além do tempo todo
Onde nos perdemos continuamente.
Parte comigo,
Onde não posso encontrar mais
Que o teu rosto, que o teu sorriso,
Que o teu nome murmurado letra a letra,
Pétala a pétala.
Parte comigo,
Onde a noite adormece nos teus braços,
Onde nos misturamos como brisas e beijos,
Na praia onde as ondas nos imitam.
Parte comigo,
Até onde nos leve o último raio de sol do dia

Paulo Eduardo Campos
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


as mãos pousadas sobre o peito.
só o silêncio se ouve.
no véu da noite,
o silêncio dos amantes de olhar suspenso
cresce pelos seus corpos
como trepadeiras nas paredes
das casas em ruínas.
o desejo acontece e os olhos,
brilhantes e cúmplices,
aguardam que as mãos escondidas se toquem,
que explorem o corpo,
como pequenos pássaros inquietos.

de mãos pousadas sobre o peito,
só a solidão se sente,
quando no véu da noite
os amantes se entregam num só corpo.

Paulo Eduardo Campos
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