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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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sábado, 27 de junho de 2015


Dez, não, cinco segundos
depois de me vir
por todo o lado
demasiado cedo,

estava ali deitado
a ponderar onde
é que os versos deviam mudar
de linha.


Hugo Willians
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


Sapatos ao invés de chinelos escada abaixo,
Ela apressa-se com suas coisas

E a porta da rua bate e a vejo
Caminhar curva, como se nua, para o carro.

Nem sempre estava com ele lá em cima,
E, de resto, pareciam invioláveis, como nós,
Nossos amores cortejando-se. Sua partida

Nos intriga e assusta. Acordamos
A falar excitados sobre nós, como hóspedes.


Hugo Willians
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sábado, 3 de janeiro de 2015


Quando visto o casaco eles não me largam.
Querem que os leve a dar uma volta,
que lhes atire um pau para que o tragam de volta.
Os olhos deles seguem-me pelo quarto.
Quando pego num livro
baixam a cabeça envergonhados.

Levei-os aos subúrbios
e abri a porta do carro.
Quando cheguei a casa
estavam à minha espera à entrada.
Como é que me convenci
de que ia viver sem eles?

Hugo Willians
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