Há um sol de cavalo nas ruas e nos olhos
há um cavalo de sol nos campos e nas cores
e a tua língua embriaga-se de sabores tão verdes,
Como as maçãs da infância das tias e das avós.
Há um sul e há um norte na cabeça do cavalo,
uma agulha se crava no centro do meu cérebro
as minhas vértebras dilatam-se pelo vigor do novo,
por cada pedra ferida e pelo vigor do intenso,
O minério do cavalo, a parede, o incêndio
tudo devora a palavra, tudo #tomba e se centra
no vigor de um alento de primavera verde.
António Ramos Rosa
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