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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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domingo, 25 de maio de 2014


Os teus braços vêm para mim como navios
a saír da bruma, oblíquos, ondulantes,
no rumo rigoroso sobre a planície de água:
navios longos, ainda ao largo do meu corpo…
Lembro-me das campinas azuis – ou verdes? – das espigas,
de um quadrado de céu no tecto original….
Ah, dizer o que não digo, o que não sei,
contar os minutos, todos os minutos como se
estivesse neles e fora deles enquanto são,
enquanto sou! Há palavras que abrem mundos,
que abrem crateras na textura dos nervos…
Amo os teus dedos, que já não são gaivotas,
nem mesmo estrelas ou algas ou raízes.
Amo a água quando sinto que tem sede.

Mário Domingues
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sábado, 11 de janeiro de 2014





Nesta margem secreta onde o teu nome
Docemente me corre pelas veias
E letra a letra acorda em mim a fome
De horizontes perdidos nas ideias

Neste lugar de inquietação e calma
Onde todos os sonhos são possíveis
Onde a palavra é um corpo e o corpo é alma
E os nossos rostos sombras invisíveis

Neste deserto onde és tudo e és nada
Vejo-nos abraçados meu amor
E alcanço o céu e o chão da madrugada
Para te dar uma estrela ou uma flor


Mário Domingos
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