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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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domingo, 10 de agosto de 2014


Quando me contaram, senti o frio
de uma lâmina de aço nas entranhas;
me apoiei no muro e, por um instante,
perdi a consciência de onde estava.
Caiu sobre mim o espírito da noite,
em ira e em piedade se afogou a alma.
E então, entendi porque se chora,
e então, entendi porque se mata!
A nuvem de dor passou… Tristemente
consegui balbuciar breves palavras…
Quem me deu a notícia? Um amigo fiel…
Me fazia um grande favor… Agradeci-lhe.

Gustavo Adolfo Bécquer
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terça-feira, 29 de julho de 2014


Eu sei qual é o objeto
de teus suspiros;
eu conheço a causa de tua doce
secreta languidez.
Tu ris?… Algum dia
saberás, menina, por que.
Tu suspeitas,
e eu sei.
Eu sei quando tu sonhas,
e o que vês nos sonhos;
como em um livro, posso ler
o que calas.
Tu ris?… Algum dia
saberás, menina, por que.
Tu suspeitas,
e eu sei.
Eu sei por que sorris
e choras ao mesmo tempo;
eu penetro nos vãos misteriosos
da tua alma de mulher.
Tu ris?… Algum dia
saberás, menina, por que;.
enquanto tu sentes demais e nada sabes,
eu, que já não sinto, tudo sei.

Gustavo Adolfo Bécquer
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