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há o perigo de um grito lindíssimo

quando andas assim comigo no invisível




Mário Cesariny

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domingo, 18 de outubro de 2015


Ouço-te silêncio.
Diz-me o que sinto
O que anseio
O que me sufoca!

Esta inquietude permanente
Sem razão aparente de ser
O vazio profundo
Do querer e não querer.
Estou aqui
Vou, não sei onde
De onde venho, não recordo!

Nas horas aladas do desencontro
Fecho as pálpebras da vida
Perfumo de tomilho a alma
E parto, nas pétalas dos lírios brancos.


Cecília Vilas Boas
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sábado, 12 de setembro de 2015


Os lábios da manhã trouxeram o teu beijo alvo,
Como alvas são as pétalas das rosas
Que caem sobre mim, todas as noites.
Levam-me a ti, no olor do silêncio
Onde escrevo das formas, o teu corpo
do toque, as tuas mãos.
Sou-te íntima, nestes cândidos recantos
Respiro-te nas rosas brancas que adornam o meu sonho
Visto-me do teu sorriso, nos lençóis vagos do tempo
Ilumino a minha nudez com o brilho dos teus olhos…


Cecília Vilas Boas
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domingo, 26 de julho de 2015


No meu olhar, voam pássaros inventados
Contos lendários de príncipes e princesas
Centelhas de ventos sobranceiros
Violetas que perfumam o meu travesseiro.

Vejo névoas que encobrem castelos
Manhãs de bruma em dias soalheiros
Ondas oceânicas, que rebentam nas estrelas
Tudo cabe ali, na fantasia do meu olhar...

Nos meus sonhos perco-me em melancolia
Ainda lembro as brisas aladas do fim de tarde
E as magnólias do meu jardim...
Onde estão as magnólias do meu jardim?!


Cecília Vilas Boas
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sexta-feira, 6 de março de 2015


Todos os poemas falam de ti
Das palavras que aquecem os nossos dias
Dos sonhos que se eternizam nas páginas dos livros, que não dormem
Sonhos, palavras, ecos
Tudo condensado e feito silêncio nas folhas amarelecidas do tempo
Lembras-te quando corríamos rio abaixo?
Era como se das pedras se soltassem vozes de pássaros
Que voavam apaixonados em direcção à foz
Todos os caminhos eram feitos de flores
E de voos…
As palavras são como borboletas
Em silêncio, podemos senti-las pousar em nós
Dizias-me sempre que as asas do vento me beijavam ao luar
Todos os poemas falam de ti…
Sobre o meu peito adormecem confortadas todas as noites
Dão palavras a beber a todos os pássaros
E a todas as estrelas
Que em silêncio, falam de nós!


Cecília Vilas Boas
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